Deceptiveness of Appearances in Anne Stevenson’s “The Marriage”

Think about a couple that everyone considers to have a successful marriage – what if their relationship is not what they had expected it to be? In order to present a good image in the eyes of others, it is normal for people to try to look as if they were completely satisfied with their lives when, in fact, they are either miserable or simply desiring it was slightly better. “The Marriage”, by Anne Stevenson, is a poem that can spark this idea of how not everything is as it seems – in this specific case, that not every happy couple is as happy as others think they are.

This poem is basically a description of a lying couple and some thoughts from one of the individuals of this relationship. Stevenson uses metaphors to demonstrate her ideas on marriage by the image of the bodies’ position. When it is said that “They will fit, she thinks, /but only if her backbone /cuts exactly into his rib cage” (Stevenson, lines 1 to 3), it could be referring to a compatibility both would have – for instance, possessing the same kind of hobbies and goals, what could make their relationship better and easier. However, the lines that goes as “All could be well /if only/they could face each other” (Stevenson, lines 8 to 10) implies that, even having many things in common, they are not as intimate as desired.

Even though the two of them are not satisfied with their situation, outsiders can still see the couple as being blessed. This is implied at the end of the poem, when the lyric self affirm that “They look, at least, /as if they were going /in the same direction” (Stevenson, lines 18 to 20). It is clear that, despite the lucky thought that the poem’s title may bring to mind, Stevenson presents a cold, realistic opinion on such topic.

In “The Marriage”, Anne Stevenson tries to show how assumptions of other people’s relationship based only on their appearances can be erroneous. Also, it is important to remember that having aspects in common with other, characteristics that seems to be whole when joined, does not guarantee a happy marriage, or even a satisfactory friendship. Everyone should be aware of these facts in order to avoid disappointments in their social lives.


Bibliography
STEVENSON, Anne. “The Marriage”.

 

English Language II Assignment, under the orientation of Professor Marcela Iochem, PhD.; Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013.1

 

Um conto de coroas, traições, sangue, sexo, honra e mais sangue

Deixe-me admitir que o tamanho desse livro me assustava. Na verdade, o volume da saga inteira me mantinha afastada. Mas depois de ter encarado essa primeira parte, deixei de fugir – eu quero é mais!! Já estou desesperada com o resto dos fãs com a possibilidade da história nunca ser terminada. Eu realmente não sabia que fosse gostar tanto dela assim, que fosse deixar de dormir ou estudar por precisar saber o que ia acontecer com personagem tal, que apareceu pela última vez duzentas páginas atrás. Achei que fosse demorar mais de um mês para terminar de ler.
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Tudo se passa em um continente chamado Westeros, praticamente outro planeta/universo. Se formos compará-lo com o nosso, seu período se equivaleria à nossa Idade Média/Moderna. Reinos são governados, cavaleiros são nomeados, a corte vai à caçada, há justas para batalhar. Logicamente, também há reis morrendo, traições planejadas, pessoas “caindo”, sendo envenenadas, etc. Se fossemos resumir a história, ela pareceria uma apostila de ensino médio – e com tantos detalhes que, mesmo já me considerando fã da saga, eu não tiraria dez na prova.

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A Irene Adler do Moffat

Para quem não conhece, Irene Adler é uma personagem dos livros de Sherlock Holmes. Ela é uma das poucas pessoas que derrotou o grande detetive, e é lembrada por ser a única desse grupo que pertence ao sexo feminino. Irene aparece em apenas um conto –Um escândalo na Boêmia – mas é uma das figuras mais fortes do Cânone.

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Esse conto foi exatamente a primeira história Holmesiana que eu li, e lembro muito bem da risada de alegria que deu ao ver que o melhor detetive de todos os tempos falhou em sua grande missão em nome de um rei europeu: resgatar umas fotos. A partir daí, virei muito fã de Irene, uma personagem feminina verdadeiramente forte, que se vira sozinha para sobreviver e faz as suas próprias escolhas. E, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o grande amor de Holmes. Até porque ela tinha seu próprio homem e é dito logo no primeiro parágrafo do conto que Sherlock sentia não amor, mas uma profunda admiração por aquela que conseguiu fazê-lo de idiota.

Infelizmente, a maioria das adaptações preferem pegar o nome dela e construir um personagem totalmente diferente: ainda esperta – mas não tanto quanto Sherlock, naturalmente – e com o principal objetivo de ser o seu interesse romântico. Mesmo a fidelíssima série dos anos 80, do canal Granada, fez questão de sutilmente colocar essa inclinação amorosa. Então, por mais original que fosse o programa da BBC, eu não esperava algo diferente quando fui assistir A Scandal in Belgravia.

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Das vantagens de ter um e-reader

Se 2012 não foi um ano muito satisfatório em relação a leituras para mim, 2013 está sendo ótimo por causa da lindeza que ganhei: um kobo touch. Ultimamente, ando meio chateada por falta de luz interna – ah, se eu tivesse um kobo glo! Mas esse modelo básico já é o suficiente. Só nesse e-reader, li uns 17 livros desde janeiro. Eu mal havia passado dos dez volumes nessa mesma época no ano passado. O aparelhinho vem mesmo sendo um baita incentivo; até meu irmão, que nem se preocupa em ler o que a escola manda, está usando!

Desejei um leitor desses durante um tempão, mas não tinha vontade de me preocupar com importação. Nem era por causa do preço (por isso também), mas pelo medo do estresse mesmo. Compras internacionais sempre me deixam nervosa; aí, quando soube do lançamento de dois e-readers no Brasil, fui logo pesquisar tudo sobre eles para decidir qual seria melhor para mim. Fiquei dias nisso, e acabei colocando o kobo na wishlist. O motivo? Nem sei direito, apenas me soou melhor. Às vezes, questiono a minha escolha; mais especificamente, sempre que tento discutir com o sistema de busca da Livraria Cultura, que é muito sem noção – se você colocar o nome de um autor na busca, por exemplo, só aparece títulos de outras pessoas..

Isso não significa que eu esteja arrependida, porque eu tenho me dado bem demais com essa mania de livros digitais. Bem, para ser sincera, ainda fico revoltada com alguns preços – não consigo comprar e-books que custam mais de R$25 – mas já economizei bastante; comprei várias obras a menos de R$5, e consegui um monte de outros por absolutamente nada (uns vieram de acordo com a lei, outros não). Também vem sendo de bastante ajuda com os meus trabalhos e leituras para a faculdade, pois não preciso imprimir exercícios nem apostilas, e daí economizo dinheiro e papelada.

Falando em papel, não gastar espaço é uma das melhores coisas usar um e-reader. Minha casa é pequena e não cabem tantos livros como eu gostaria. Já com o kobo, eu posso entupi-lo com tudo que desejo ler na vida e ainda vai sobrar espaço para mais. Ainda adoro os volumes físicos, tem muitos por aqui que vão continuar comigo até a morte (ou assim espero), mas há mais dos quais eu não pretendo manter. Até troquei/vendi alguns sem ler por já estar com o e-book correspondente em mãos; faz meses que entro em uma livraria e saio sem comprar nada.

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Na Cabecinha de Um Pássaro Ferido

De cabeça baixa, olhinhos fechados e o bico enfiado no peito, o pobre passarinho não parava de tremer. Era um ritual muito estranho e perverso que aqueles humanos estavam praticando, jogando sem parar um ser redondo de um lado para o outro. Eles batiam tão forte no coitado do bicho que ele saia chicoteando pelas paredes, fazendo um barulho estrondoso. Curiosamente, os únicos gritos que eram ouvidos vinham daquelas pessoas. Talvez o ser maltratado estivesse morto desde o começo!

Esse pensamento aterrorizou ainda mais a pequena ave. “Eles devem ter algo planejado para mim também!”. Afinal, tinha sido colocado naquele cubículo com tanto cuidado que só podia estar em algum tipo de capelinha. É preciso sair daqui, e rápido! Se não fosse aquela maldita asa machucada… ele nem teria sido capturado, em primeiro lugar. Bom, a única maneira de fugir era caminhando mesmo. Demoraria demais, mas se fosse com calma e sem piar pela grade, talvez conseguisse passar despercebido. Não daria para pegar atalho pelo chão, ou então seria esmagado por pés e cadáveres.

Mas a violência do ritual era tanta que o pássaro não conseguiu arrumar coragem para continuar. Aquela esfera subia e descia com tanta força que poderia matar um. O medo era tanto que o bichinho ficou paralisado, e sem conseguir fazer nada além de tremer mais ainda e se encolher na base da grade. Um olho fechado, o outro vigiando a esfera. Na verdade, olhando com mais atenção, ela não parecia ter sido alguém vivo… ainda assim, tinha uma baita força quando combinada com os pés humanos.

De repente, o grupo parou tudo. Todos se viraram para o passarinho, que chegou a conclusão de que a hora havia chegado – sem conseguir voar, pouca coisa valia à pena, de qualquer jeito. Fechou os olhos e se preparou para a faca, esmagamento, bala, qualquer coisa. Para a morte que não aconteceu.

Ele foi levado daquele lugar. Viu-se na rua, depois em uma casa. Lá, foi colocado em uma bonita gaiola, e água e comida foram servidas. Naturalmente, houve desconfiança, mas com a fome que estava, o pequeno ser não resistiu e arriscou.

Ele nunca foi envenenado. Na verdade, teve sua asa protegida e cuidada, e poucos dias já era possível voar pela casa. Ainda tinha algum receio de sair, mas é claro que voltaria para a sua família. Nem por isso deveria negar uma pequena estadia naquele lar, que se mostrou tão confortável e amigável! Todo mundo parecia gostar muito dele, e se preocupavam bastante com sua asa. Nunca deixaria de ser agradecido pelo que fizeram, e já planejava vir visitá-los de tempos em tempos – quem sabe, poderia até vir com os próprios parentes! Certamente as pessoas iriam adorar conhecê-los!

2013