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Meu nome é Elizabeth, e esse site é o meu portfólio pessoal, com meus trabalhos em produção e tradução de textos e vídeos. Sinta-se à vontade para comentar; se quiser entrar em contato, clique aqui.

My name is Elizabeth and this site is my portfolio, displaying some of my works in writing and translation of texts and videos. Feel free to leave a comment in any post. If you wish to contact me, click here.

 

The plastic distress

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Pic by Johannes Christo (click for source)
Everyone knows that plastic takes millions of years to decompose properly. However, the recycling rate of this material cannot keep up the pace with how much of it is produced, and this is concerning for both near and distant future. As a concerned citizen when it comes to environmental problems and the well being of animals, and I would like to call attention to what I personally named “The plastic distress”.
On the good side, there are many projects dedicated to lowering this problem. Rio de Janeiro, my hometown, has become one of the country’s pioneers in the fight against plastic waste: last year, a law project meaning to forbid the distribution of plastic straws in restaurants, bars, etc. was approved. A fee of R$3000 is charged for the establishments that insist on doing so. The recommended approach would be using straws made of a biodegradable material; since then, there has been an increase in the usage of inox straws and reusable cups and bottles, which is great for the decrease of plastic waste in the long run.
The EU is also working on a similar law approach, planning to completely forbid products that can be replaced for others made of better materials and to ban the use of plastic bags in supermarkets.  Some of the products that are to be completely forbidden are plastic plate and plastic cutlery. Free distribution of these items should be forbidden as well.
However, the plastic production can be increased drastically in the next 10 years, as some US companies are investing billions of dollars on new fabrics that will produce polluting products like plastic bottles. It is interesting to point out that, in the US, half a billion of plastic straws are disposed of every day.
Meanwhile, in a remote part of the Pacific Ocean, there is a huge concentration of trash, so much that it is called “plastic island”. It was first seen in 1977. There have been many missions over the years by The Ocean Cleanup Foundation, in which dozens of ships were used: over a million units of trash have been collected so far, 99% of it being made of plastic.

 

Sources (in Portuguese):

SÉRGIO MATSUURA. “‘Sopa de lixo’ no Pacífico tem três vezes tamanho da França”
(access on January 3, 2019)
JOANA AZEVEDO VIANA. “Investimento de $180 mil milhões nos EUA vai aumentar produção de plástico em 40%”.
“De cotonetes a balões: os 10 novos inimigos de plástico que a UE quer abater”.
“UE propõe proibições de produtos descartáveis de plástico.”
VANESSA BARBOSA. “Câmara do Rio de Janeiro aprova proibição de canudos plásticos”. In: https://exame.abril.com.br/brasil/camara-do-rio-de-janeiro-aprova-proibicao-de-canudos-plasticos/ (access on January 3, 2019)

Uma conversa aberta sobre suicídio em pauta no pré-congresso

Esse texto foi uma publicação para a cobertura colaborativa do pré-congresso da Abrascão 2018, realizada por alunos da Uerj em julho desse ano.

A oficina “Avaliação do risco de suicídio e sua prevenção” foi apresentada por Laura de Carvalho Moraes Sarmento e Tassia Pacheco, assessoras técnicas da Superintendência de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O tema foi abordado durante a manhã da terça-feira, 24 de julho, nas atividades preliminares do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2018 – que acontece na Uerj nos dias 24 e 25 e na Fiocruz de 26 a 29 do mesmo mês. Havia estudantes de áreas como enfermagem, medicina e saúde, além de enfermeiros e funcionários de hospitais e clínicas procedentes do Rio de Janeiro e também de outros estados, como Bahia, Pernambuco e Goiás. A oficina foi dividida em uma parte expositiva e outra envolvendo participação ativa da plateia, em uma atividade para discutir e sugerir soluções para casos de comportamentos delicados, com diferentes contextos.

Casos importantes demais para serem impedidos por tabu: O suicídio, suas causas motivos e prevenções devem ser discutidos tanto no âmbito da saúde como no social. As palestrantes comentaram sobre o crescimento constante do índice violência autoprovocada no Rio de Janeiro, com números que vem crescendo ano a ano. Todos os serviços de saúde recebem casos e devem ser capacitados para identificação de risco de suicídio e manejo do cuidado. No entanto, essas capacitações ainda não acontecem suficientemente. Os profissionais precisam ser treinados tanto para a identificação de sinais de risco, bem como para o registro nos casos de violências autoprovocadas, assim como para o cuidado dos casos. Há situações em que os sinais de risco estavam presentes e nem os serviços de saúde, nem as famílias desconfiam de que um ato contra si pode acontecer.

Elas explicaram como esse tópico continua sendo um tabu, e como isso é uma questão para ser estudada e averiguada pelos programas de prevenção. Questões religiosas e burocráticas podem dificultar ainda mais a abordagem desses casos. Por exemplo, uma família muito religiosa pode esconder o fato de um parente ter cometido suicídio, seja para evitar chamar atenção ao assunto em seu círculo social, seja por sentir vergonha, ou até mesmo por negação. Outro caso comum é a família não registrar tal fato por correr o risco de perder o direito ao seguro de vida, que pode lhes ser negado devido à causa da morte, deixando os familiares, que já estão sofrendo com a tragédia, ainda mais fragilizados.

Para ler o texto na íntegra no site da Abrasco, clique aqui.

Morte e mito de Inês de Castro: um breve resumo

A história de Inês de Castro é baseada no seu caso de amor proibido com o príncipe D. Pedro de Portugal. Ele já era casado; ela, além de madrinha do primogênito dele, pertencia à uma poderosa família de Castelo. Após a morte da esposa de D. Pedro, os dois ficaram juntos e tiveram quatro filhos. Porém, o rei D. Afonso tinha medo da influência que ela poderia ter sob o príncipe: mesmo sendo filha bastarda, a moça poderia ajudar na formação de alianças entre famílias rebeldes e causar guerras entre os dois reinos. Então, com a ajuda de três nobres, D. Pedro ordena a execução de Inês.

Pedro ficou revoltado, e foi necessário a intervenção da Igreja para garantir que ele não tomasse vingança. A promessa de paz que o príncipe fez, porém, só durou até a morte de seu pai. Quando foi coroado rei, D. Pedro conseguiu que os assassinos de Inês lhe fossem entregues. Ele ordenou suas mortes, de forma tortuosa, e assistiu-as enquanto comia uma refeição, o que lhe herdou o apelido “O Cru” ou “O Justiceiro”. Depois, ele mandou construir duas sepulturas no Mosteiro de Alcobaça, e ordenou que o corpo de Inês fosse levado para lá; quando morreu, ele foi enterrado ao lado de sua amada.

Ao longo dos séculos, essa história foi sendo enriquecida com mitos e lendas, os quais passaram a fazer parte da cultura portuguesa. Na tragédia “Castro”, por exemplo, podemos ver como vários elementos foram introduzidos ao imaginário geral. Inês é vista como uma moça jovem e casta, que desperta em D. Pedro uma paixão avassaladora. Na peça, ela diz ao rei que “Em mim, matas a ele [D. Pedro]” quando a hora de sua morte chega. O próprio personagem do príncipe diz que “[…] o teu amor/Me acompanhará sempre, té que deixe/O meu corpo co teu, e lá vá essa alma/ Descansar com a tua pera para sempre”. Além de revoltar-se contra o pai, ele fica tão desolado que já fica pronto à espera da própria morte para voltar a ficar junto da amada, fazendo alusão aos túmulos de Alcoçaba.

Esse túmulos estão entre os mais famosos na cultura européia: eles estão no mosteiro de Alcoçaba, em Portugal. Os dois amantes foram colocados frente a frente, de modo que, ressussitando, eles se levantem e vejam um ao outro.

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Túmulos de D. Pedro e Inês. Fonte.

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[Tradução] Viajando como branco, por Chinua Achebe

Esse texto é uma tradução do capítulo “Travelling White” de “The Education of a British-protected Child”, por Chinua Achebe

 

Viajando de branco

A Rodésia do Sul era simplesmente horrível…

Soube que as Cataratas de Vitória ficavam a só uns trinta e tantos quilômetros de distância, e que um ônibus que passava no hotel ia para lá. Então, na manhã seguinte, peguei esse ônibus.

De onde eu estava – ao lado do banco do motorista – não dava para ver o que estava acontecendo na parte de trás. Quando finalmente me virei – talvez por causa do silêncio estranho – percebi, com pavor, que todos ao meu redor eram brancos.

As pessoas já tinham desviados seus olhares pesados quando me virei, olhares muito hostis, que eu tinha sentido bem forte na nuca. O que aconteceu com todos os negros que estavam no ponto de ônibus? Por que ninguém me falou nada?

Olhei para trás de novo e só então percebi o detalhe de uma divisória e uma porta. Sempre me perguntei o que eu teria feito se tivesse notado as entradas separadas antes de entrar; sinceramente, não tenho certeza.

De qualquer jeito, lá estava eu, sentado ao lado do motorista, num ônibus vindo direto da era da Jim Crow*, na colônia de Nossa Majestade, a Rodésia do Norte – hoje em dia conhecida como Zâmbia. O motorista (negro) entrou, olhou para mim com grande surpresa, mas nada disse. O cobrador apareceu assim que a jornada começou.

Eu não precisava mais olhar pra trás: meus ouvidos viraram duas antenas de cada lado da minha cabeça. Ouvi um uma tranca se abrir, e o homem surgiu na minha frente. Nossa conversa foi mais ou menos assim:

Cobrador: O que você faz aqui?

Chinua Achebe: Estou indo para as Cataratas de Vitória.

Cobrador: Porque está sentado aí?

Chinua Achebe: Por que não estaria?

Cobrador: De onde você é?

Chinua Achebe: Não entendo o que isso tem a ver com o caso. Mas se quer mesmo saber, venho da Nigéria, e nos ônibus de lá nós sentamos onde queremos.

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[Tradução] Jane Goodall, uma feminista que mudou o mundo

Esse texto é uma tradução do capítulo Jane Goodall do livro “Fight Like a Girl – 50 Feminists Who Changed the World”, de Laura Barcella.

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Jane Goodall, primatologista e antropóloga, é uma das principais cientistas, ambientalistas e educadora de animais da nossa era. Com os seus estudos pioneiros sobre chimpanzés – ela morou na África durante anos para se dedicar a estudos aprofundados e estabelecer relações com os animais – Goodall fez muitas descobertas inéditas, como a capacidade dos chimpanzés de estabelecer relações emotivas.

Ela também pesquisou e divulgou uma guerra que já durava quatro anos entre duas comunidades de chimpanzés em Gombe, na Nigéria; apresentou novas características sobre a relação entre mães e filhotes e aprendeu que eles têm uma linguagem primitiva, com mais de vinte sons individuais.

Com cada descoberta de Jane, aprendemos mais sobre a ligação íntima entre animais e humanos, e como nós somos parecidos com eles.

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[Tradução] Kelly Hall-Tompkins, uma New Yorker do Ano

Esse texto é uma tradução. Clique aqui para cessar o original.

Kelly Hall-Tompkins, uma New Yorker do Ano

Por Alexandra S. Levine, Dezembro de 2017

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Quando o elevador parou no quarto andar, o corredor se enchia com o som de um concerto.

Kelly Hall-Tompkins estava no seu estúdio em Washington Heights, se preparando para uma apresentação com a banda Westchester Philharmonic naquele fim de semana. Mas essa sala pequena, cheia de partituras, frases inspiradoras e livros do James Baldwin, não é o único lugar onde você pode ver a violinista renomada ensaiando. Uma vez por mês, ela visita abrigos locais para tocar peças de Beethoven, Bach e outros músicos clássicos para sem-tetos de Nova York.

No ano passado, Kelly ficou conhecida como a estrela do revival da Broadway de “O Violinista no Telhado”. Porém, há mais de uma década, bem antes dela poder imaginar que conseguiria o cobiçado papel de solista de violino, ela tocava música de câmara em projetos comunitários.

Era 2004. Kelly se preparava para uma apresentação solo, mas estava com dificuldades de concentração após perder uma pessoa querida. Precisando de companhia, ela foi até um abrigo perto do Lincoln Center e, passo a passo, começou a tocar o concerto de violino de Mozart nº 4 em Ré Maior. Doze pessoas escutaram as mesmas notas que ela tocaria mais tarde para uma platéia de mil. Alguns acompanhavam o ritmo com os pés, riam ou sorriam. Outros choravam – eles disseram à violinista que nunca tinham ouvido música clássica antes.

“Às vezes, dá para sensibilizar melhor as pessoas que estão nesse tipo de situação do que em platéias de pagantes”, diz Kelly. “É claro que a natureza da minha carreira é tocar para essas plateias, mas é mais emocionante alcançar com essas músicas aquelas que estão nesse momento de suas vidas.”

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[Tradução] 5 erros que você COM CERTEZA não faz no seu currículo, mas seus amigos sim

Esse texto é uma tradução. Clique aqui para ver o original.

Então, você sai da papelaria e vai pra casa. Chega com uma daquelas resmas de R$30 com papel de linho (coisa boa), pronto pra imprimir uma pilha de currículos.

Você abre o documento MeucurrículoVersãoFINALVerdadeira.docx e se prepara pra colocar o papel na impressora. Daqui a pouco, todos os contratantes vão ficar encantados com essa obra.

Beeeeeem… espera aí. Tá vendo o símbolo piscando na imagem ali em cima? Isso aí, para tudo. Antes de você gastar a tinta da impressora, precisa rever o seu trabalho e ter certeza de que o seu currículo não precisa de outra iteração.

…ah, quem eu tô enganando. O fato de você estar nesse site significa que o seu currículo é perfeito. Você já deve ter passado por pelo menos três estágios e tem uma vaga fixa só esperando por você. Não há preocupações, né?


Mas tem os seus amigos. Aquelas pessoas importantes para você – como tá o currículo delas? Você sabe muito bem que o seu currículo é um oásis no deserto, mas deveria ver se os seus amigos queridos têm um documento no mínimo apresentável.

Aqui vai cinco erros estúpidos e comuns, que resultam em um currículo bem bosta. Se algum de seus amigos faz isso, dá uma paulada na cabeça dele e o faça consertar! Vão te agradecer depois 😉

 

Não adaptar o currículo para a ocasião

Esse deve ser o erro mais cometido nos currículos ao redor do mundo. Por isso estou deixando-o como número 1.

Até as pessoas que têm currículos certinhos – que não cometem os erros listados abaixo – costumam errar aqui.

O que deveria acontecer toda vez que você se candidata a uma vaga:

  1. Você se interessa pela empresa por causa da atmosfera legal de trabalho, ótimos benefícios, o fato de você não ter um centavo no bolso, ou é a sua mãe que está gritando porque você ainda não tem um emprego.
  2. Você pesquisa a empresa e a indústria, e fica familiarizado com as duas.
  3. Então, adapta o seu currículo para que as experiências mais relevantes sejam vistas primeiro.

O que realmente costuma acontecer:


“Cara eu coloquei o meu currículo num site e me candidatei para umas 50 vagas. Vou ter um emprego com certeza..”

O problema é: as pessoas são preguiçosas e não gostam de trabalhar com detalhes.


Elas acham que jogar 50 currículos no ar é um trabalho bem feito. É como se, na cabeça delas, cada currículo enviado fosse um ponto, e que uma nota alta nessa atividade significasse muito esforço

Na verdade, você tem muito mais chance de ser contratado se a empresa consegue ver claramente que você está realmente interessado nela, e que você fez o trabalho direitinho.

Se você editar o seu currículo de forma que as suas experiências mais relevantes fiquem em destaque, deixando de lado aquelas que não interessam (sério, apaga o seu histórico de atendente do Burger King), eles vão saber que você não é um apostador.

Mesmo que o seu currículo seja ruim em todas as outras maneiras, personalizá-lo para cada vaga de emprego vai te ajudar demais. As pessoas gostam de ver que você realmente se importa com elas, e os contratantes não são diferentes.

Então, mesmo que você pare de ler esse artigo aqui, lembre-se dessa dica.

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Racial language and portrayal in literature according to Woolf’s “androgyny”

In A Room of One’s Own, Virginia Woolf discusses the differences between men and women’s way of writing, demonstrating problems that each “style” usually presents, concluding that these are results of social constructions which had been building up throughout the centuries. A good author should try to avoid that, and the “androgynous” style could be an answer. However, if we are trying to reach for equality, one should also take into consideration how language choices can affect this process, and how to go beyond gender androgyny. We should also aim at equality when portraying both white and people of color (POC). How can we achieve it?

In the same text, Woolf comments that should a “transient visitor” of planet Earth read an English newspaper, they would conclude that the place is run by a patriarch. Similarly, this visitor probably would also conclude that it is also run by a kind of white supremacy (excellent). Even though such condition is no longer officialized, language and human behavior still have many traces of this way of thinking, and a writer may use it without realizing it, even if they are not part of a privileged group. Toni Morrison has commented about it and how it affects her work:

“I am a black writer struggling with and through a language that can powerfully evoke and enforce hidden signs of racial superiority, cultural hegemony (…). The kind of work I have always wanted to do requires me to learn how to maneuver ways to free up the language from its sometimes sinister, frequently lazy, almost always predictable employment of racial informed and determined chains.” (MORRISON, 1992, p. x – xi)

Moving back to Woolf, this matter is symbolically approached in Orlando. The main character belonged to a family famous for being slayer of “natives”, and he wished to become one. But still in the first chapter, he finds that he can relate to the sentiments of a black person after watching Othello and sympathizing with his pain. But how did Shakespeare treat this character? Woolf considered the bard an androgynous writer, but was his writing free of racial prejudice?

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Similarities and Differences between Milton’s Satan in “Paradise Lost” and Shakespeare’s Lady Macbeth

Satan is the most human character because he is not purely evil: he is considered a cruel creature for not behaving the way God wants him to. Satan did not approve God’s dictatorship on Heaven, just like Milton and other Puritans despised the idea of a monarchy lead by King Charles I, who claimed to be God’s own representative on Earth.  Puritans, by the time of the English Civil War, were imposed a different religion and lifestyle from that which they believed and were persecuted by the king’s allies for not agreeing to this – the main reasons for them to rebel against this system. Satan and other angels also fought against God wishing a different administration of their world, in the same way humans would do. For having his own reasons, and not acting out of wicked desire, this character of Satan can be interpreted as having human characteristics.

Bearing in mind that the 17th century art was greatly influenced by the Renaissance, it is important to note how Satan has features usually related to the hero of an epic history. He is a type of warrior who stands up to what can be seen as an unfair system (God’s authoritarianism) and the main character through whom the reader follows the story at the beginning. However, Satan fails in his fight – he was never able to win, but he was stubborn and proud enough to try it anyway, just like Greek tragic characters act when thinking they can overcome a prophecy. Therefore, it is possible to understand Milton’s Satan as a tragic hero, and not as a villain like he is usually portrayed.

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Deceptiveness of Appearances in Anne Stevenson’s “The Marriage”

Think about a couple that everyone considers to have a successful marriage – what if their relationship is not what they had expected it to be? In order to present a good image in the eyes of others, it is normal for people to try to look as if they were completely satisfied with their lives when, in fact, they are either miserable or simply desiring it was slightly better. “The Marriage”, by Anne Stevenson, is a poem that can spark this idea of how not everything is as it seems – in this specific case, that not every happy couple is as happy as others think they are.

This poem is basically a description of a lying couple and some thoughts from one of the individuals of this relationship. Stevenson uses metaphors to demonstrate her ideas on marriage by the image of the bodies’ position. When it is said that “They will fit, she thinks, /but only if her backbone /cuts exactly into his rib cage” (Stevenson, lines 1 to 3), it could be referring to a compatibility both would have – for instance, possessing the same kind of hobbies and goals, what could make their relationship better and easier. However, the lines that goes as “All could be well /if only/they could face each other” (Stevenson, lines 8 to 10) implies that, even having many things in common, they are not as intimate as desired.

Even though the two of them are not satisfied with their situation, outsiders can still see the couple as being blessed. This is implied at the end of the poem, when the lyric self affirm that “They look, at least, /as if they were going /in the same direction” (Stevenson, lines 18 to 20). It is clear that, despite the lucky thought that the poem’s title may bring to mind, Stevenson presents a cold, realistic opinion on such topic.

In “The Marriage”, Anne Stevenson tries to show how assumptions of other people’s relationship based only on their appearances can be erroneous. Also, it is important to remember that having aspects in common with other, characteristics that seems to be whole when joined, does not guarantee a happy marriage, or even a satisfactory friendship. Everyone should be aware of these facts in order to avoid disappointments in their social lives.


Bibliography
STEVENSON, Anne. “The Marriage”.

 

English Language II Assignment, under the orientation of Professor Marcela Iochem, PhD.; Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013.1